Majestade da Rua
Ela não sorri — ela impõe. O charuto entre os lábios e as flores na cabeça não são enfeites: são declarações. Essa mulher carrega a força ancestral das ruas, a espiritualidade que pulsa entre o asfalto e o sagrado. Sua presença é realeza periférica, onde cada ruga é um capítulo de resistência e cada detalhe estético é escolha e afirmação. Nessa imagem, o feminino não é suavidade, é potência. Ela representa as vozes que vieram antes, que ainda ecoam, que seguem firmes — mesmo quando o mundo insiste em silenciar.