Nesta imagem, duas figuras se unem de mãos dadas — e de facões em punho.
A cena carrega tensão e ternura ao mesmo tempo: o gesto do afeto encontra a linguagem da defesa.
Não se trata de violência, mas de sobrevivência.
Na margem da cidade, o amor também precisa ser armado.
A foto propõe uma inversão simbólica: o facão, ferramenta historicamente associada à luta e ao corte, aqui protege o elo, não o rompe.
É um retrato da intimidade em territórios onde o afeto resiste sob ataque, onde a união é ato radical, e a parceria, escudo.